1. Tema central
A liturgia deste domingo convida-nos a olhar a história dos homens e o nosso caminho pessoal à luz da intervenção de Deus naquele dia-final, quando virá “o Dia do Senhor”. A história não termina num fracasso, mas em salvação e vida plena.
2. Primeira leitura (Livro de Malaquias 3,19-20a)
O profeta — identificado como «o meu enviado» — vem num tempo de apatia e descrença em Judá pós-exílio, para lembrar que Deus não abandonou o seu povo. Ele anuncia que haverá um «Dia do Senhor», ardente como fornalha, que consumirá os soberbos e malfeitores, enquanto para os que temem o nome do Senhor nascerá “o sol da justiça” trazendo salvação.
Mensagem prática: compreender que não somos deixados ao acaso, que Deus age; e que a nossa esperança não está apenas no presente imediato, mas num horizonte de vida plena.
Mensagem prática: compreender que não somos deixados ao acaso, que Deus age; e que a nossa esperança não está apenas no presente imediato, mas num horizonte de vida plena.
3. Segunda leitura (Segunda Carta aos Tessalonicenses 3,7-12)
O apóstolo Paulo de Tarso recorda que ele e os colaboradores não viveram preguiçosamente, mas trabalharam «dia e noite», para não se tornarem peso para a comunidade. Ele dirige-se à comunidade dizendo: “quem não quer trabalhar, também não deve comer”.
Aplicação: A fé cristã não permite acomodação. Estar atento ao horizonte final não significa desligar-se da vida concreta ou da responsabilidade para com o mundo.
Aplicação: A fé cristã não permite acomodação. Estar atento ao horizonte final não significa desligar-se da vida concreta ou da responsabilidade para com o mundo.
4. Evangelho (Evangelho segundo São Lucas 21,5-19)
Jesus, perante a admiração pela magnificência do templo de Jerusalém, anuncia que “não ficará pedra sobre pedra”. Ele alerta para falsos messias, guerras, catástrofes, perseguições, mas ao mesmo tempo assegura que não devemos alarmar-nos porque tudo isso precede o fim. Finalmente promete: pela perseverança salvareis as vossas almas.
Reflexão: O fim da história não está nas mãos dos medos ou das catástrofes, mas no cuidado de Deus por nós. A chamada é para viver com firmeza, testemunhando Jesus no meio das tribulações.
Reflexão: O fim da história não está nas mãos dos medos ou das catástrofes, mas no cuidado de Deus por nós. A chamada é para viver com firmeza, testemunhando Jesus no meio das tribulações.
5. Ligação com o Catecismo da Igreja Católica (CIC)
Conforme o documento de homilia e meditação, a reflexão liga-se ao CIC nos números 162-165 (sobre a fé como dom de Deus que inicia a vida eterna) e 675-677 (sobre a última prova da Igreja).
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CIC 162-165: A fé é dom gratuito de Deus ao homem; temos de a guardar e fazer crescer.
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No contexto deste domingo: vivemos «pela fé e não vemos» (2 Cor 5,7), mas esta fé nos dirige à vida eterna.
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CIC 675-677: Trata-se da “última prova” da Igreja, isto é, de um momento decisivo na história humana quando será visível que Deus vence o mal. Relação clara com o “Dia do Senhor” anunciado pelas leituras.
6. Notícia / convite à meditação
Podemos apresentar esta homilia como uma “boa nova” para a comunidade:
«Nesta caminhada, mesmo quando a história se mostra escura ou as dificuldades nos cercam, a Palavra de Deus deste domingo recorda-nos que caminhamos para Deus, para a vida plena. Não nos esqueçamos: a fé exige não passividade, mas compromisso; exige não fuga ao mundo, mas testemunho no mundo. Que cada cristão, cada comunidade, se interpele: estou a viver na esperança que a Palavra me põe diante? Estou a contribuir para o Reino ou instalei-me na mediocridade? O dia da salvação aproxima-se — que ele me encontre vigilante, ativo, fiel.»
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